Em estudo elaborado nos Estados Unidos da América demonstrou que em 2014 as mortes relacionadas com overdose de medicamentos analgésicos prescritos atingiu recordes. Estas substâncias são legais e estão devidamente regulamentadas mas mesmo assim são responsáveis por uma grande percentagem de mortes todos os anos.
Desde a década de 90 que os médicos têm prescrito opióides analgésicos e outros anti-inflamatórios para ajudar a combater as dores crónicas. Apesar de terem sido desenvolvidos para ajudar a gerir a dor, têm sido verificados muitos erros no uso destes medicamentos, muito por causa do envelhecimento da população, das consultas médicas cada vez mais curtas e da informação em excesso disponibilizada pela internet. Então quais os erros mais comuns?
Erros comuns
– Muitas pessoas acreditam que se um medicamento foi prescrito pelo médico é porque este é seguro. Esta ideia é errada e é importante perceber que os médicos são humanos pelo que também podem errar. Quando tomamos medicação devemos ficar alertados para o possível aparecimento de efeitos adversos.
– Não fazer perguntas: Muitos doentes tomam a medicação, muitos vezes tomando verdadeiros cocktails de medicamentos, e nunca perguntam se os medicamentos criam habituação ou se o seu uso em excesso pode provocar morte.
– Pedir medicação aos médicos: o tempo das consultas tem vindo a diminuir pelo que muitos pacientes vão ao médico apenas para receberem a medicação que foi prescrita no passado. O médico acaba por não perceber se os doentes já têm dependência de analgésicos e os doentes vão acumular fármacos que podem ser letais se administrados de forma errada.
Analgésicos opióides: estes analgésicos provocam habituação e o abuso no seu consumo pode levar à morte.
Ibuprofeno: um estudo recente descobriu que os corredores que tomam ibuprofeno antes de uma maratona têm maior risco de problemas cardíacos, dores gastrointestinais e complicações renais.
Acetaminofeno: esta substância pode causar lesão hepática grave principalmente se ocorrer consumo de álcool em simultâneo.
O melhor a fazer
Explorar as opções
Certifique-se de que o medicamento é o melhor tratamento disponível. Por vezes existem alternativas como praticar exercício, perder peso ou acupuntura que ajudam a eliminar grande parte das dores.
Deitar fora medicamentos que não usa
Ter medicamentos antigos em casa é perigoso se existem crianças por perto e também porque aumenta o risco de automedicação em situações de SOS, situação que tem riscos consideráveis.
Tomar o medicamento com foi prescrito
As prescrições são feitas para seguir. Elas ditam a frequência e período de tempo que se deve tomar o fármaco. É importante perceber que a maioria dos analgésicos são destinados apenas para uso a curto prazo.
Não usar medicamentos de outras pessoas
Existem cada vez mais pessoas a seguirem os conselhos de amigos e familiares referentes à toma de determinada medicação. É muito importante relembrar que os medicamentos são prescritos para uma determinada pessoa com um certo quadro clínico. O que funciona com uma pessoa pode não resultar noutra.
Fazer as perguntas certas
Os doentes devem perguntar aos médicos todas as dúvidas que tenho sobre o medicamento. Se não perguntar ao médico deve pelo menos perguntar ao farmacêutico no ato da compra deste. Algumas perguntas úteis incluem:
– Quanto tempo devo tomar este medicamento para ficar curado?
– Que mais eu deveria estar fazendo para melhorar a minha condição?
– Posso beber álcool sobre este medicamento? Posso dirigir?
– Quais são os efeitos secundários deste medicamento?