O esôfago é o tubo que conecta a faringe até o estômago, possibilitando que o alimento chegue neste que é o primeiro e um dos principais órgãos da digestão.
Quando ele apresenta problemas, como a esofagite, podemos sentir a famosa “queimação” na boca do estômago, sintoma muito semelhante ao do refluxo. Casos mais graves incluem dor intensa no peito – algumas pessoas até a confundem com a de um ataque cardíaco.
Apesar de não ser um problema necessariamente grave, se não for tratada, a esofagite pode levar a uma degeneração progressiva da delicada mucosa que reveste o esôfago, e que não tem proteção contra os ácidos que são produzidos no estômago.
A queimação pode levar a um estreitamento do esôfago, dificultando a passagem dos alimentos e da saliva, além de provocar ferimentos, por causa da agressão do ácido sobre as células esofágicas.
Em casos raros, em que o tratamento adequado não é iniciado, as lesões podem se tornar cancerosas.
Outros sintomas da esofagite:
- ânsia de vômito
- mau hálito
- sensação de que a garganta está “ardendo”, apesar de não estar inflamada
- tosse seca
Causas da esofagite
1. Obesidade
A obesidade aumenta a pressão sobre o estômago, forçando a subida de material ácido para o esôfago, através do esfíncter.
Por isso, evite o sobrepeso, adotando uma dieta adequada e praticando exercícios físicos regularmente. Assim, você previne a esofagite e uma série de outras doenças, como as cardiovasculares, a pressão alta e a diabetes.
2. Compulsões alimentares
Pessoas que gostam de comer muito durante uma única refeição, ou que comem excessivamente por prazer, mesmo depois de estarem plenamente saciadas, são candidatas a desenvolver a esofagite.
O ideal é consumir porções pequenas, mas com frequência, ao longo do dia, mastigar lentamente e não comer enquanto realiza outra atividade, como assistir televisão, checar e-mail ou trabalhar no computador.
Nem precisa dizer dizer que comer e dirigir também não combinam, assim como caminhar pela rua fazendo alguma refeição. Tudo isso aumenta o estresse, a produção de ácido e causa o caos no sistema digestivo.
3. Pular refeições
Muitas pessoas ainda têm o hábito de pular refeições, sobretudo o café da manhã e o almoço. Ou retardam muito esses momentos, tomando café, digamos, às 10h (e permanecendo em jejum até essa hora), ou almoçando às 14h, após a reunião no trabalho.
Quando se torna corriqueiro, esse habito pode levar ao surgimento da gastrite e da esofagite, pois o estômago se prepara para receber o alimento, secretando suco gástrico, e a comida não chega.
4. Incontinência do esfíncter
O esfíncter é um anel muscular localizado na entrada no estômago, responsável por controlar a passagem de alimentos para o estômago (abrindo-se) e impedir que o conteúdo estomacal retorne ao esôfago (fechando-se).
Por vários motivos, essa válvula pode apresentar problemas, o que leva ao refluxo e à esofagite.
5. Infecções
Alguns agentes patogênicos, como os fungos ou os vírus da herpes, podem atacar a mucosa do esôfago, erodindo-a. Nesses casos, o tratamento medicamentoso, receitado pelo gastroenterologista, combaterá a ação dos micro-organismos.
6. Ingestão de produtos cáusticos
Pode acontecer que a pessoa beba acidentalmente produtos corrosivos, como soluções de limpeza. O problema é especialmente grave no caso de crianças, mas também pode ocorrer entre adultos, ainda que, nesses casos, é mais comum que haja uma tentativa de suicídio envolvida.
Para evitar o problema, mantenha os produtos cáusticos bem longe do alcance de crianças e animais domésticos, assim como distantes de alimentos ou de áreas de uso comum da casa.
Outras causas possíveis da esofagite:
- fumo
- alcoolismo
- bulimia (os vômitos forçados e constantes agridem a mucosa do esôfago)
- alguns medicamentos
- dieta rica em gordura, alimentos processados e condimentados
Para prevenir problemas no esôfago, não deixe de consultar regularmente um médico especialista, que poderá solicitar exames, como a endoscopia, em que esofagite e outros problemas podem ser rapidamente identificados.
Lembre-se de que a prevenção é a melhor atitude a tomar em relação à saúde.