Riscos da vida sedentária + exercícios de fim de semana

Riscos da vida sedentária + exercícios de fim de semana

Muitas pessoas hoje têm uma rotina agitada e passam o dia inteiro sentadas, seja trabalhando no computador, seja em salas de reunião.

Depois, permanecem sentadas no seu carro até chegar em casa, ou no transporte público (ficar de pé tem efeito semelhante), chegam em casa e estão cansadas demais para fazer exercícios, então tomam um banho, jantam e dormem. No outro dia, começa tudo de novo.

Exercícios irregulares ou só no final de semana: um perigo!

Essa rotina muda nos finais de semana, quando as pessoas finalmente encontram tempo e disposição para fazer algum exercício. Então, vão correr no parque, malhar na academia, nadar e jogar tênis no clube…

Será que essa rotina faz bem? A resposta dos especialistas é uma só: não. Na verdade, uma rotina irregular de exercícios intensos combinada a uma vida sedentária é pior do que não fazer exercício algum.

Há riscos grandes de problemas cardiovasculares, nas articulações, derrames e até infartos fulminantes associados a esse quadro.

Veja os perigos de se exercitar de maneira esporádica:

— maior riscos de lesões musculares
— maior risco de desenvolver tendinite crônica e outros problemas das articulações
— maior risco de pressão alta
— maior risco de desidratação

Isso também vale para pessoas que, após um longo período sem se exercitar, resolvem voltar “com força total”, exercitando-se intensamente para compensar o tempo perdido. Isso não é saudável e tem riscos significativos, como os descritos acima.

Exercícios leves e moderados estão liberados

Mas apenas exercícios de alto impacto ou feitos com muita intensidade oferecem esses riscos. Se você praticar exercícios leves ou moderados, como caminhadas, por exemplo, mesmo que apenas no final de semana, terá muitos mais benefícios que problemas.

Não estamos defendendo o sedentarismo, de maneira alguma. É verdade que a vida corrida que levamos hoje inviabiliza a prática de esportes durante a semana, só nos restando as férias ou finais de semana e feriados.

Mas se você não tem como exercitar-se diariamente, não pode “compensar” quando puder ou de maneira irregular. Nesse caso, terá que seguir um programa leve de exercícios, como a caminhada, a bicicleta (com pouca intensidade), a ioga, o pilates e outras modalidades que trazem muitos benefícios, sem forçar o corpo.

Quais as modalidades de exercício a evitar se você não tem tempo durante a semana:

— Corrida
— Aeróbica
— Exercícios de alto impacto
— Esportes (tênis, squash, basquete, natação, vôlei, futebol…)

O famoso “futebol de final de semana” com os amigos, com cerveja, churrasco e guloseimas, faz mais mal do que bem ao corpo. Além disso, a dieta rica em carboidrato, proteína animal e açúcar também contribui para diversas doenças cardiovasculares, prejudicando o cérebro e ao coração.

Como se exercitar de maneira saudável?

— O ideal é contar com o acompanhamento de um profissional de educação física e/ou cardiologista, que possa orientar você quanto à melhor rotina de exercícios.
— Sempre faça um leve aquecimento antes de se exercitar, fazendo movimentos circulares nos pés, tornozelos, mãos, braços, pernas, tronco e pescoço. Repita depois que terminar a série de exercícios.
— Exercite-se ao menos três vezes por semana, se quiser praticar esportes e atividades de alto impacto.
— Tenha os acessórios necessários para a prática. Por exemplo, compre um tênis próprio para corrida e adequado ao seu tipo de pisada.
— Aprenda a fazer os exercícios com antecedência, evitando lesões.
— Exercite-se em grupo ou em dupla, pois a motivação aumenta e é possível tirar dúvidas e compartilhar problemas que surgirem. Além disso, é muito mais divertido.

Dieta adequada também influi

Além de se exercitar de maneira regular, é imprescindível comer bem de maneira contínua.

Algumas pessoas gostam de fazer dieta “quando podem”, ou seja, quando podem investir financeiramente em ingredientes mais magros e saudáveis, ou quando têm tempo de se dedicar a um programa de perda de peso.

Ao terminar a dieta, voltam aos antigos hábitos alimentares, desregulados. Esse processo pode levar ao acúmulo de gordura no fígado, problema conhecido como “fígado gorduroso”, entre outras disfunções. Também torna o corpo mais resistente ao emagrecimento (fica mais difícil perder peso).